Agressão contra 'Big Balls', funcionário público de 19 anos, motivou Trump a intervir na segurança de Washington

  • 12/08/2025
(Foto: Reprodução)
Trump decreta intervenção federal na capital dos EUA; entenda motivos Ao justificar sua ordem de intervenção federal em Washington D.C., anunciada na segunda-feira (11), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou o caso de um ex-funcionário público de 19 anos que, segundo ele, foi agredido em tentativa de assalto na capital norte-americana. "Um ex-membro da equipe do Doge (o Departamento de Eficiência de Trump que foi liderado por Elon Musk) foi espancado por um grupo de bandidos itinerantes após ele defender uma jovem em uma tentativa de roubo de carro e saiu com um nariz quebrado e concussão. Não acredito que ele está vivo. Ele não acredita", disse Trump durante o anúncio da intervenção. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O jovem em questão, segundo a rede de TV americana "NBC", é o ex-funcionário público Edward Coristine, que trabalhou para o Doge e deixou o departamento após a saída de Elon Musk do comando da pasta. Imagem compartilhada por Donald Trump em sua rede social mostra jovem ferido após, segundo Trump, sofrer tentativa de assalto e agressão e Washington, nos EUA, em julho de 2025. Reprodução/ Donald Trump Conhecido como "Big Balls" (uma gíria para "valentão") após uma brincadeira nas redes sociais, Coristine se tornou um símbolo da juventude contratada por Musk para trabalhar no Doge, criado por Trump com o objetivo de cortar gastos na máquina pública federal. Segundo a "NBC", um boletim de ocorrência da polícia local afirma que o jovem foi vítima de uma tentativa de roubo de carro na semana passada. Na ocasião, Trump divulgou uma foto que supostamente mostra de Coristine ensanguentado após, segundo ele, impedir o roubo. Após a divulgação da foto, apoiadores de Trump começaram a usar o caso de "Big Balls" para pressionar o presidente por uma intervenção. A polícia de Washington disse depois que jovens de 15 anos foram presos suspeitos do crime. Mas, na segunda, Trump anunciou a intervenção federal na segurança de Washington D.C., sob a justificativa de combater a violência na capital e buscar retirar os sem-teto e os criminosos da cidade. Intervenção federal ANÁLISE: Trump testa o poder presidencial e beira o autoritarismo Trump afirmou que há uma "trágica emergência de segurança" na capital dos EUA, "com o crime fora de controle", e para isso disse que enviará cerca de 800 tropas da Guarda Nacional e controlará a polícia da cidade. Inicialmente a intervenção federal na capital deverá durar 30 dias, segundo o jornal americano "The New York Times". "Washington D.C. deveria ser um dos lugares mais seguros e bonitos do mundo, mas há alguns anos não é mais. A esquerda radical saiu do controle, porque os democratas não querem segurança", afirmou Trump em coletiva na Casa Branca. A prefeita de D.C., a democrata Muriel Bowser, classificou a manobra de Trump como "alarmante e sem precedentes". ➡️ A Guarda Nacional é uma força híbrida vinculada ao Exército dos EUA, com função estadual e federal. Normalmente opera sob comando dos estados, com financiamento dos governos locais. Às vezes, os soldados são enviados para missões federais, ainda sob comando estadual, mas com recursos federais. Para justificar a intervenção, o presidente afirmou que a taxa de homicídios em Washington D.C. é maior do que em alguns dos piores lugares do mundo. No entanto, apesar de a cidade ter problemas de violência armada e criminalidade, o crime em geral está em queda na capital e atingiu em 2024 o menor nível dos últimos 30 anos, segundo dados de segurança pública dos EUA. Já o crime violento, que Trump citou diversas vezes, caiu 26% entre 2023 e 2024, segundo o Departamento de Polícia local. Washington D.C. fica no distrito de Colúmbia, região administrativa dos EUA que funciona sob regime especial. Bowser nega a emergência citada por Trump, reiterando que a criminalidade no distrito caiu desde 2023. Bowser é a principal autoridade executiva da cidade e exerce funções equivalentes às de governadora. A medida de Trump ocorre após Trump expressar, desde que retornou à Casa Branca em janeiro, o desejo de colocar Washington D.C. sob controle federal. A intervenção federal é interpretada pelos jornais dos EUA como "uma medida extraordinária de uso do poder federal" que pode expor os moradores da capital. O procurador-geral de Colúmbia, Brian Schwalb, autoridade máxima da Justiça no distrito, chamou a intervenção federal de Trump de "sem precedentes, desnecessária e ilegal", e disse que o distrito buscará todas as alternativas legais contra a medida. Para convocar a Guarda Nacional, Trump invocou uma lei federal chamada "Homerule Act", que pode ser traduzida como "Lei de Autogoverno" e permite o uso da Guarda Nacional em três situações: se os EUA forem invadidos ou estiverem sob ameaça de invasão; se houver rebelião ou ameaça de rebelião contra a autoridade do governo federal; ou se o presidente estiver impedido de "executar as leis dos Estados Unidos" com forças regulares. Policiais falam com um homem sem-teto que se recusa a sair da McPherson Square, em Washington, em fevereiro de 2023, após policiais retirarem um acampamento de pessoas em condição de rua Brendan Smialowski/AFP No domingo (10), Trump pediu que as pessoas em situação de rua deixem Washington D.C. "imediatamente", garantindo que o governo lhes ofereceria abrigo "longe" da capital do país. O republicano voltou a tocar no assunto nesta segunda, e disse que a cidade será "libertada". "Washington, D.C. será LIBERTADA hoje! O crime, a selvageria, a imundice e a escória vão DESAPARECER. Eu vou TORNAR NOSSA CAPITAL GRANDE NOVAMENTE! Os dias de matar ou ferir brutalmente pessoas inocentes ACABARAM! Consertei rapidamente a fronteira (ZERO IMIGRANTES ILEGAIS nos últimos 3 meses!), D.C. é a próxima!!!", afirmou Trump em publicação na rede social Truth Social nesta segunda-feira. Segundo o relatório anual do Departamento de Habitação, em 2024, Washington D.C. tinha mais de 5,6 mil pessoas em situação de rua, ocupando o 15º lugar entre as principais cidades dos Estados Unidos nesse aspecto. Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Trump enviou mais de duas mil tropas da Guarda Nacional a Los Angeles para conter protestos contra suas políticas anti-imigração. Cada designação do tipo deve ser feita em coordenação com o governo estadual, porém, nesse caso o envio ocorreu contra a vontade do governador, Gavin Newsom. Trump quer retirar pessoas sem-teto de Washington D.C.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/08/12/agressao-contra-big-balls-funcionario-publico-de-19-anos-motivou-trump-a-intervir-na-seguranca-de-washington.ghtml


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