Diretor do FBI diz que 'não há informações confiáveis' de que Epstein traficava mulheres para outras pessoas

  • 16/09/2025
(Foto: Reprodução)
O diretor do FBI, Kash Patel Jim WATSON / AFP O diretor do FBI, Kash Patel, disse que "não há informações confiáveis" de que o empresário Jeffrey Epstein traficava mulheres para terceiros nesta terça-feira (16). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A declaração, que vai contra as investigações que levaram à condenação do empresário, foi dada durante um interrogatório a que ele foi submetido no Senado americano sobre sua condução da investigação do assassinato do ativista conservador Charlie Kirk e demissões de autoridades veteranas. Questionado pelo senador republicano John Kennedy, da Louisiana, se o FBI sabia se Epstein traficava mulheres para outra pessoa além dele mesmo, Patel afirmou: "Não há informações confiáveis. Nenhuma. Se houvesse, eu teria apresentado o caso ontem, alegando que ele traficava para outras pessoas. As informações que temos são limitadas. Pelas informações que temos nos arquivos do caso, não". O senador também questionou Patel sobre a decisão tomada em julho pelo Departamento de Justiça, de não divulgar materiais adicionais relacionados à investigação de Epstein, o que levou a críticas até mesmo de apoiadores do governo Trump após uma série de promessas de novas revelações sobre o caso. ➡️ Jeffrey Epstein morreu em 2019, em uma prisão em Nova York, acusado de comandar uma rede de abuso sexual contra dezenas de meninas menores de idade. Ele teria uma suposta lista de clientes poderosos de seu esquema; o presidente Donald Trump seria um deles. ➡️ O presidente nunca foi investigado sobre o caso e diz ter se afastado de Epstein quando surgiram as denúncias de abuso sexual. E a existência da lista nunca foi oficialmente confirmada. Jeffrey Epstein: quem foi, quais crimes cometeu e qual a associação com Trump O diretor do FBI afirmou que "tudo o que for legalmente permitido" será divulgado, referindo-se às ordens judiciais que limitaram a divulgação das transcrições do júri no caso, e Kennedy respondeu: "Eu o encorajo fortemente a fazer isso. Essa questão não vai desaparecer, e acho que a questão essencial para o povo americano é esta: eles sabem que Epstein traficava mulheres jovens para sexo consigo mesmo. Eles querem saber para quem, se é que havia mais alguém, ele traficava essas jovens. Essa é uma pergunta muito justa. Quero saber a resposta, e acho que vocês terão que fazer mais para satisfazer a compreensível curiosidade do povo americano a esse respeito". Caso Epstein gera tensão no governo Trump O caso Epstein tem sido uma constante dor de cabeça para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após democratas divulgarem a imagem de uma suposta mensagem escrita por Trump a Epstein, com o desenho de uma mulher nua ao bilionário Jeffrey Epstein, o republicano negou que a assinatura que aparece seja dele em uma entrevista. Partido Democrata divulga suposta carta de Trump a Epstein com desenho de mulher nua Reprodução A suposta carta faz parte de um álbum comemorativo produzido por Ghislaine Maxwell, parceira de Epstein, para celebrar os 50 anos dele. O documento teria sido enviado em 2003, anos antes de o bilionário ser preso por abuso sexual de menores. Ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas, Trump disse que o texto que aparece na carta é incompatível com a linguagem que ele usa. "Não é a minha assinatura e não é como eu falo. Qualquer pessoa que me acompanha há muito tempo sabe que essa não é a minha linguagem. Isso é um absurdo e, francamente, vocês estão perdendo tempo", respondeu. O conteúdo da correspondência havia sido revelado pela primeira vez em julho pelo jornal "The Wall Street Journal", que reproduziu apenas o texto, sem mostrar o documento original. Na ocasião, Trump negou a autoria, entrou com um processo contra o jornal e pediu uma indenização de US$ 10 bilhões. Apesar das dúvidas levantadas pela Casa Branca, veículos da imprensa americana resgataram documentos da década de 1990 em que a assinatura de Trump aparece semelhante à que consta na suposta carta. Leia, a seguir, a tradução da suposta carta: Narrador: Deve haver mais na vida do que ter tudo. Donald: Sim, existe, mas não vou te dizer o que é. Jeffrey: Nem eu, já que também sei o que é. Donald: Temos certas coisas em comum, Jeffrey. Jeffrey: É verdade, pensando bem. Donald: Enigmas nunca envelhecem, você já notou? Jeffrey: Na verdade, isso ficou claro para mim da última vez que te vi. Donald: Um amigo é uma coisa maravilhosa. Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo. LEIA TAMBÉM Epstein recebeu bilhete com 'piada' sobre venda de mulher para Trump, apontam novos arquivos Trump 'não tem medo de usar meios militares para proteger liberdade de expressão', diz Casa Branca em resposta sobre Bolsonaro Bandeira dos EUA em protesto na Paulista repercute no 'New York Times': 'Novo símbolo da direita brasileira' Epstein x Trump Jeffrey Epstein tinha conexões com milionários, artistas e políticos influentes. Entre 2002 e 2005, ele foi acusado de aliciar dezenas de meninas menores de idade para encontros sexuais em suas mansões. Em 2008, Epstein chegou a firmar um acordo com a Justiça para se declarar culpado. Em 2019, o caso voltou à tona, quando autoridades federais consideraram o acordo inválido e determinaram a prisão do bilionário por tráfico sexual. O bilionário morreu na cadeia poucos dias após ser preso. Segundo as autoridades, ele tirou a própria vida. Durante a campanha eleitoral de 2024, o então candidato Trump prometeu divulgar uma lista com os nomes de pessoas supostamente envolvidas no esquema de exploração sexual liderado por Epstein. Em fevereiro deste ano, alguns documentos chegaram a ser publicados pelo governo. Em um desses arquivos, o nome de Trump aparece ao lado de outras pessoas em registros de voos ligados ao bilionário. É de conhecimento público que os dois foram próximos nos anos 1990. Trump, no entanto, não é investigado nesse caso. Ainda em fevereiro, a procuradora-geral Pam Bondi chegou a insinuar que havia uma lista de clientes de Epstein sobre a mesa dela para ser revisada. Esse documento, no entanto, nunca foi divulgado. Mais recentemente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que não existe nenhuma lista de clientes nos documentos relacionados à investigação. O próprio presidente Trump passou a afirmar que a tal documento é uma farsa. A mudança de versão irritou a base de apoiadores do republicano. Muitos desses eleitores compartilham teorias da conspiração sobre o caso Epstein e exigem a divulgação completa das informações sobre a rede de exploração sexual. VÍDEOS: mais assistidos do g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/09/16/diretor-do-fbi-diz-que-nao-ha-informacoes-confiaveis-de-que-epstein-traficava-mulheres.ghtml


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