Ex-premiê condenada à morte: Bangladesh pede à Índia que extradite Sheikh Hasina

  • 17/11/2025
Ex-premiê de Bangladesh é condenada à morte por crimes contra a humanidade O governo de Bangladesh pediu nesta segunda-feira (17) à Índia que extradite a ex-primeira-ministra bangladense Sheikh Hasina, que foi condenada à morte nesta segunda. Hasina recebeu a sentença por crimes contra a humanidade. Ela foi considerada culpada por ordenar uma violenta repressão a manifestações de estudantes no ano passado (leia mais abaixo). ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A ex-premiê, que comandou o Bangladesh por 15 anos e era considerada uma das mulheres mais poderosas da Ásia, fugiu de seu país em agosto do ano passado. Ela havia renunciado na ocasião, na esteira de protestos que pediam a sua queda e que foram duramente reprimidos, com cerca de 1.400 mortos, segundo a ONU. Hasina foi para a Índia, onde está desde então. O governo de Bangladesh emitiu um pedido de extradição de Hasina e de seu ex-ministro do Interior Asaduzzaman Khan Kamal, que também foi condenado à morte nesta segunda. No pedido, o governo argumentou que Nova Déli é obrigada a devolver os dois condenados a Bangladesh em virtude de um tratado de extradição entre os dois países. O governo indiano ainda não havia se pronunciado sobre o caso até a última atualização desta reportagem. A ex-primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina Reuters/Andrew Gombert/Pool Condenação A condenação à ex-primeira-ministra ocorreu após meses de julgamento do caso, que foi acompanhado de perto pela população do país. "Todos os elementos constitutivos de um crime contra a humanidade estão reunidos. Decidimos impor uma única pena, a pena de morte", declarou o juiz Golam Mortuza Mozumder, do Tribunal bangladense de Crimes Internacionais. O tribunal, localizado na capital Daca e que julga crimes de guerra em Bangladesh, anunciou o veredito sob forte esquema de segurança e na ausência de Hasina. Ela pode recorrer da sentença à Suprema Corte do país. A sentença foi dada mais de um ano após estudantes terem protagonizado protestos contra um sistema de cotas do governo que privilegiava veteranos de guerra em detrimento da população. O movimento da Geração Z, entre julho e agosto de 2024, foi duramente reprimido pelo governo: mais de mil morreram e milhares ficaram feridos, segundo a ONU. (Leia mais abaixo) Mais de 100 pessoas morrem em protestos em Bangladesh Em resposta, Hasina afirmou que a sentença é "enviesada e com motivação política" e questionou a isonomia do tribunal que a julgou. Ela defendeu que seu governo "perdeu o controle da situação" durante o levante estudantil, porém "não é possível caracterizar o que ocorreu como um ataque premeditado contra cidadãos". A ex-premiê disse também que não teve acesso à ampla defesa e que pretende "enfrentar meus acusadores em um tribunal adequado, em que as provas possam ser avaliadas e examinadas de forma justa". Hasina foi representada no julgamento por um defensor público nomeado pelo Estado, que afirmou ao tribunal que as acusações eram infundadas e pediu a absolvição da ex-premiê. A decisão ocorre meses antes das eleições parlamentares, previstas para fevereiro. O partido de Hasina, a Liga Awami, foi impedido de concorrer, e teme-se que o veredito desta segunda possa alimentar novas revoltas populares antes da votação. Antes do anúncio do veredito, Sajeeb Wazed, filho e assessor de Hasina, disse à agência de notícias Reuters que eles não recorreriam da sentença a menos que um governo democraticamente eleito assumisse o poder com a participação da Liga Awami. Hasina, de 78 anos, assumiu o cargo de primeira-ministra em 2009. Considerada uma das mulheres mais poderosas da Ásia, ela foi creditada como a responsável por impulsionar a indústria têxtil no país. Ela é filha do líder fundador de Bangladesh, Sheikh Mujibur Rahman, que lutou na guerra de independência. Hasina inicialmente lutou pela democracia, mas seu longo governo como primeira-ministra passou a ser marcado por prisões de líderes da oposição, repressão à liberdade de expressão e execuções extrajudiciais. Hasina fugiu para a Índia em agosto de 2024 por conta da evolução dos protestos estudantis, que passaram a pedir sua renúncia. Desde então, Bangladesh tem sido governado por uma administração interina liderada pelo vencedor do Nobel da Paz, Muhammad Yunus. Ele foi atacado por anos por Hasina e condenado por corrupção sob o governo dela. Maior violência desde a independência Homem ensanguentado em meio aos protestos em Bangladesh REUTERS/Anik Rahman A principal motivação dos protestos estudantis em 2024, que tomaram as ruas de Bangladesh, foi um sistema de cotas do governo que estabelecia que um terço dos empregos governamentais seriam reservados para parentes de veteranos da guerra de independência do país contra o Paquistão em 1971. Durante o julgamento, os promotores informaram ao tribunal que haviam encontrado evidências de uma ordem direta de Hasina para usar força letal na repressão aos protestos. Até 1.400 pessoas podem ter sido mortas durante os protestos, entre 15 de julho e 5 de agosto de 2024, e milhares ficaram feridos, a maioria por disparos das forças de segurança, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). A repressão aos protestos causou o maior episódio de violência em Bangladesh desde a guerra de independência, em 1971. Premiê de Bangladesh foge do país e manifestantes invadem residência oficial

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/11/17/ex-premie-condenada-a-morte-bangladesh-pede-a-india-que-extradite-sheikh-hasina.ghtml


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