Habemus Papam: antes Robert Prevost ser anunciado como papa, Parolin movimentou mais de US$ 2 milhões em bets nos EUA
08/05/2025
(Foto: Reprodução) Volume de apostas em Parolin foi de 28% para cerca de 70% nesta quinta (8), após fumaça branca no Vaticano, segundo a plataforma Polymarket. Prevost tinha apenas 1% das apostas. Bets do conclave
Reprodução
Antes do anúncio de Robert Prevost como o novo papa, Pietro Parolin estava entre os nomes mais cotados para ser escolhido segundo apostadores nos Estados Unidos. Segundo a plataforma de apostas americana Polymarket, o volume de apostas no cardeal italiano saltou nesta quinta-feira (8) de US$ 1,8 milhões para US$ 2 milhões após o anúncio da fumaça branca.
Desde que o papa Francisco morreu, a plataforma Polymarket abriu uma sessão para apostadores sobre quem seria o próximo papa. Parolin ainda liderava ranking o com 28% e saltou para 69% após o anúncio.
No Polymarket, às 10h (horário de Brasília), os 10 nomes mais cotados para o cargo de papa eram:
Pietro Parolin: 28% das apostas;
Luis Antonio Tagle: 23% das apostas;
Pierbattista Pizzaballa: 10% das apostas;
Matteo Zuppi: 10% das apostas;
Péter Erdö: 6% das apostas;
Jean-Marc Aveline: 4% das apostas;
Peter Turkson: 4% das apostas;
Robert Sarah: 2% das apostas;
Jose Tolentino de Mendonca: 2% das apostas;
Robert Francis Prevost: 2%
Mario Grech: 2% das apostas.
Após a fumaça branca sair pelo telhado da Capela Sistina o volume de apostas às 13h30 ficou em:
Pietro Parolin: 70% das apostas;
Luis Antonio Tagle: 15% das apostas;
Peter Turkson: 2% das apostas;
Pierbattista Pizzaballa: 5% das apostas;
Matteo Zuppi: 3% das apostas;
Péter Erdö: 3% das apostas;
Robert Sarah: 2% das apostas;
Jean-Marc Aveline: 2% das apostas;
Robert Francis Prevost: 1% das apostas
Anders Arboelius: 1% das apostas
Prática é ilegal no Brasil
Segundo Ricardo Magri, especialista em desenvolvimento de negócios iGaming na Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo (EBAC), esse tipo de aposta é proibido no Brasil.
“Isso passou a ocorrer a partir da regulamentação do setor no país, em 1º de janeiro de 2025, que limitou as apostas a duas categorias: eventos reais de temática esportiva e jogos virtuais com resultado aleatório.”
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Parolin, de 70 anos, foi o número dois do Vaticano durante quase todo o pontificado de Francisco. Como secretário de Estado, ele foi seu expoente mais visível no cenário mundial.
Com uma expressão calma, uma silhueta ligeiramente curvada e um senso de humor sutil, este diplomata liderou negociações importantes com a China e o Vietnã.
Parolin é bem conhecido por líderes mundiais e diplomatas e também conhece os meandros da Cúria romana, o aparato administrativo da Santa Sé.
Pietro Parolin é um dos cardeais mais cotados para novo papa
Yara Nardi/Reuters
"Ele é o cardeal mais conhecido de todos. A questão é se o perfil dele ajudará a criar consenso. Ele nunca teve responsabilidades pastorais e assumiu poucas posições em questões da sociedade. Ele permaneceu em um papel muito institucional", disse uma fonte anônima da Igreja à AFP em Roma.
Parolin é acessível, mas também cauteloso e comedido em público. Ele evita qualquer declaração que possa ser mal interpretada, ao contrário de Francisco, que geralmente era muito franco e direto.
Apesar dessa relutância, o cardeal italiano disse que o celibato sacerdotal não é um dogma, mas sim um "presente de Deus para a Igreja", e que qualquer ideia que vincule a homossexualidade à violência sexual dentro da Igreja é "grave e cientificamente indefensável".
Ele denunciou o aborto e a barriga de aluguel como graves violações da dignidade humana e criticou a ideia de que gênero pode ser diferente de sexo.
Francisco o nomeou seu braço direito logo após assumir a cátedra de São Pedro e o fez cardeal em 2014.
Pietro Parolin em reunião com o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, dois dias antes da morte do papa Francisco
Vatican Media/Francesco Sforza/Divulgação via REUTERS
Ele nasceu em 17 de janeiro de 1955, em uma família profundamente católica perto de Veneza. Perdeu o pai em um acidente de carro quando tinha 10 anos, quatro anos antes de entrar para o seminário.
Foi ordenado aos 25 anos e viajou para Roma para estudar Direito Canônico e Diplomacia, ingressou no serviço exterior da Santa Sé em 1986 e passou quatro décadas ao redor do mundo. Ele fala espanhol, inglês e francês, além de italiano.
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