Homem atropela e esfaqueia pessoas e mata 2 em frente a sinagoga em Manchester
02/10/2025
(Foto: Reprodução) Polícia de Manchester tenta conter criminoso durante ataque em Sinagoga em Manchester
Duas pessoas morreram, e outras três ficaram gravemente feridas após um homem atropelar e esfaquear pedestres em frente a uma sinagoga em Manchester, no Reino Unido, nesta quinta-feira (2), segundo autoridades locais.
O caso ocorreu no dia mais importante para o judaísmo (leia mais abaixo).
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Segundo a polícia de Manchester, o criminoso avançou com o carro sobre pedestres em frente à Sinagoga Heaton Park Hebrew Congregation, no bairro de Crumpsall, no norte de Manchester, no início da manhã.
Depois, desceu do carro e esfaqueou um homem que chegava para a sinagoga e morreu no local.
Ele avançou então em direção à entrada da sinagoga, mas foi baleado policiais e morreu. Imagens feitas por pedestres mostraram o momento em que policiais contêm o homem após atirar contra ele (veja vídeo acima).
O criminoso trajava um cinturão que aparentava ser de explosivos, e, após matá-lo e retirar fiéis da sinagoga, a polícia disse que fez uma "explosão controlada" no local.
O ataque ocorre no feriado judaico de Yom Kippur, o dia mais sagrado do judaísmo. Na data, também conhecida como Dia do Perdão e que ocorre dez dias depois do Ano Novo judaico, judeus costumam jejuar por 24 horas e lotar sinagogas, onde muitos passam o dia inteiro rezando.
No momento do ataque, a sinagoga de Manchester estava cheia, segundo a polícia, mas as pessoas conseguiram deixar o local em segurança após o criminoso ser morto.
No entanto, outras duas pessoas morreram, segundo a polícia, e outras três pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas em estado grave — ainda não havia informações sobre o estado de saúde delas até a última atualização desta reportagem.
Uma das vítimas era um segurança da sinagoga, que estava cheia no momento do ataque.
Após o episódio, a polícia de Londres disse ter reforçado a segurança em todas as áreas da cidade que têm sinagogas, além de comunidades judaicas da capital britânica. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também ordenou mais segurança a sinagogas de todo o país.
Ataque em frente a sinagoga em Manchester deixa feridos
Starmer se disse "horrorizado" pelo crime e antecipou a volta da cúpula de líderes da Europa na Dinamarca que ele participava nesta quinta.
A embaixada de Israel no Reino Unido condenou o ataque. Diversas autoridades britânicas lamentaram o ataque (leia mais abaixo). O premiê Keir Starmer ordenou uma mobilização maior de policiais em sinagogas por toda a Inglaterra.
Policiais orientam pessoas presentes, algumas delas com a veste judaica quipá, perto de local de ataque em sinagoga em Manchester, no Reino Unido, em 2 de outubro de 2025.
REUTERS/Phil Noble
Além de policiais, também foram vistos no local agentes utilizando uniformes táticos pretos e carregando metralhadoras pesadas, que seriam da unidade antiterrorismo, segundo jornais britânicos.
Mas autoridades ainda não haviam informado, até a última atualização desta reportagem, se tratavam o caso como um ataque terrorista.
“Sabemos que o horrível ataque de hoje, no dia mais sagrado da comunidade judaica, causou grande choque e medo em todas as nossas comunidades. Agradecemos ao membro do público cuja rápida reação ao que presenciou permitiu nossa ação imediata e, como resultado, o agressor foi impedido de entrar na sinagoga”, afirmou um porta-voz da polícia de Manchester.
Líderes britânicos repudiam ataque
O rei Charles III afirmou estar "profundamente chocado e triste" com o ataque.
"O fato do ataque ter ocorrido no Yom Kippur torna o episódio ainda mais horrível. (...) Vamos fazer tudo para manter a comunidade judaica segura", afirmou o premiê.
O prefeito de Manchester, Andy Burnham, afirmou à "rádio BBC" se tratar de um incidente grave e pediu para as pessoas evitarem o local. Burnham também elogiou a atuação da polícia.
Agentes de roupa tática preta e fuzil cercam perímetro de atuação de equipes de emergência que responderam a ataque em frente à sinagoga em Manchester, no Reino Unido, em 2 de outubro de 2025.
REUTERS/Phil Noble
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