Polícia afirma que pai e filho agiram sozinhos no ataque em praia da Austrália

  • 30/12/2025
(Foto: Reprodução)
Tiroteio na praia de Bondi, na Austrália. A Polícia da Austrália afirmou, nesta terça-feira (29), - tarde de quarta-feira (30) no horário local -, que os suspeitos de realizarem o atentado terrorista na praia de Bondi, em Sydney, agiram sozinhos e não há “nenhuma evidência” de que fizessem parte de uma célula militante. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Naveed Akram e seu pai, Sajid Akram, são acusados de ter matado 15 pessoas em um evento de Hanukkah em 14 de dezembro, o pior tiroteio em massa da Austrália em quase três décadas, que chocou o país e levou a reformas imediatas nas já rigorosas leis sobre armas. Inicialmente, as autoridades acreditavam que o crime poderia ter sido inspirado por ideologias do Estado Islâmico, porque bandeiras caseiras do grupo foram encontradas no carro deles após o ataque. Além de uma viagem de um mês feita pela dupla a uma ilha das Filipinas, anteriormente marcada por militância, que era um dos principais focos da investigação. Mas, nesta terça-feira, a comissária da Polícia Federal Australiana, Krissy Barrett, afirmou que não há indícios de que os homens tenham recebido treinamento formal durante a viagem de novembro a Mindanao, nas Filipinas. “Não há evidências que sugiram que esses supostos autores fizessem parte de uma célula terrorista mais ampla ou que tenham sido orientados por outras pessoas a realizar o ataque”, disse Barrett em entrevista coletiva. Ela acrescentou que as conclusões são uma avaliação inicial e que as autoridades da Austrália e das Filipinas continuam investigando o caso. “Não estou sugerindo que eles estavam lá a turismo”, afirmou, referindo-se à viagem às Filipinas. Sajid Akram foi morto a tiros pela polícia durante o ataque, enquanto seu filho Naveed, que também foi baleado pelos policiais, foi acusado de 59 crimes após acordar de um coma que durou dias no início deste mês. Naveed Akram responde a acusações que vão de 15 homicídios a crimes de terrorismo e explosivos. O ataque Dois homens dispararam tiros contra as pessoas que comemoravam a data no local. Os suspeitos são pai e filho, de acordo com a polícia. O pai, um homem de 50 anos, tinha licença para armas e morreu em confronto com as autoridades. Já o filho, de 24, foi detido com ferimentos graves, mas sua situação é estável. A idade das vítimas vai de 10 a 87 anos. A mais jovem, uma menina, morreu no hospital. Durante uma coletiva de imprensa, o comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, classificou o evento como um "incidente terrorista". Entre os mortos, está o rabino Eli Schlanger, de 41 anos, nascido em Londres, noticiaram os jornais britânicos The Guardian e BBC News. Um israelense também morreu durante o ataque. O Jerusalem Post informou que um de seus colaboradores, Arsen Ostrovsky, chefe do escritório de Sydney do Australia/Israel & Jewish Affairs Council, também ficou ferido. O Itamaraty disse que, até o momento, não há informação sobre brasileiros atingidos. Mal Lanyon disse que a polícia concluiu que não houve participação de um terceiro suspeito. 40 pessoas foram atendidas em diversos hospitais de Sydney, incluindo dois policiais. "O estado de saúde desses agentes e dos demais feridos é grave", afirmou Lanyon. Veja vídeos e fotos do ataque 'Pessoas ajudaram idosos a se levantar e sair', relata testemunha Ainda durante a coletiva, o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, disse que "o ataque foi planejado para atingir a comunidade judaica de Sydney, no primeiro dia do Hanukkah". Imagens mostram um dos atiradores sendo desarmado por um homem após os ataques (veja vídeo abaixo). "É a cena mais inacreditável que já vi: um homem se aproximando de um atirador que havia disparado contra a comunidade e, sozinho, o desarmando, colocando sua própria vida em risco para salvar a vida de inúmeras outras pessoas", disse Minns. O homem que desarmou o atirador foi atingido por dois disparos, um no braço e outro na mão, mas se recupera bem no hospital, segundo um parente, disse o jornal "Guardian". Ele tem 43 anos e é vendedor de frutas. No Reino Unido, a polícia vai reforçar o policiamento em comunidades judaicas após o ataque na Austrália. O Hanukkah, o festival judaico das luzes, começa na noite de domingo, com celebrações previstas em todo o Reino Unido nos próximos dias. 'Ataque cruel': veja repercussão do atentado a evento judaico na Austrália 'Parecia um filme de terror', disse brasileiro que estava no local 'Herói genuíno' desarmou assassino de praia em Sydney, diz autoridade australiana Mike Burgess, diretor-geral da inteligência australiana (ASIO) disse que a agência está analisando a identidade dos atiradores e se existe “alguém na comunidade que tenha intenção semelhante”. “É importante ressaltar que, neste momento, não temos qualquer indicação disso, mas trata-se de algo que está sendo investigado ativamente”, afirmou. Segundo ele, o nível de ameaça terrorista na Austrália permanece como "provável". “Não vejo isso mudando neste estágio. Provável significa que há 50% de chance de um ato terrorista. Infelizmente, vimos esse ato horrível ocorrer hoje à noite na Austrália.” A polícia australiana acrescentou que um "objeto que se acredita ser um artefato explosivo" foi retirado de um carro próximo à praia. “Uma série de itens suspeitos localizados nas proximidades está sendo examinada por agentes especializados, e uma área de exclusão foi estabelecida”, informou a polícia de Nova Gales do Sul em comunicado divulgado às 21h (no horário da Austrália). Local do ataque a tiros em Sydney, na Austrália. Arte/g1 Mais cedo, em um comunicado, o primeiro-ministro Anthony Albanese afirmou que as imagens vindas de Bondi eram “angustiantes e chocantes”, e que policiais atuavam no local para "tentar salvar vidas". A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, classificou o tiroteio em Bondi como “repugnante” e manifestou condolências às famílias das vítimas do ataque. “O terrorismo, o antissemitismo, a violência e o ódio não têm lugar na Austrália”, afirmou. “Minhas mais profundas condolências às pessoas que perderam entes queridos nesta noite. Desejamos a recuperação completa de todos os feridos e expressamos nossa solidariedade à comunidade judaica australiana", afirmou. Os Estados Unidos condenaram "veementemente” o ataque. “O antissemitismo não tem lugar neste mundo. Nossas orações estão com as vítimas desse ataque horrível, com a comunidade judaica e com o povo da Austrália”, escreveu o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em uma publicação na plataforma X. António Guterres, secretário-geral da ONU, classificou o episódio como um “ataque hediondo e mortal”: “Estou horrorizado e condeno o ataque hediondo e mortal cometido hoje contra famílias judias. Meu coração está com a comunidade judaica em todo o mundo neste primeiro dia do Hanukkah, uma festividade que celebra o milagre da paz e da luz vencendo a escuridão.” O presidente israelense, Isaac Herzog, classificou o ataque como "cruel contra os judeus" e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acusou o governo australiano de ter "alimentado o fogo do antissemitismo" ao reconhecer um Estado palestino. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) publicou uma nota afirmando que manifesta "sua profunda consternação e solidariedade à comunidade judaica da Austrália". Tiroteio em Bondi Beach, na Austrália Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas se dispersando na praia de Bondi enquanto vários tiros e sirenes da polícia são ouvidos. Mortes em ataques a tiros em massa são extremamente raras na Austrália. Um massacre ocorrido em 1996 na cidade de Port Arthur, na Tasmânia — quando um atirador matou 35 pessoas — levou o governo a endurecer drasticamente as leis sobre armas, tornando muito mais difícil para os australianos adquirirem armas de fogo. Gramado próximo à praia de Bondi, na Austrália, após tiroteio Australia Broadcasting Corporation, via Reuters Imagem aérea das equipes atuando após tiroteio na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália Reuters/Reprodução Ferido é levado após tiroteio em Bondi Beach, na Austrália AP Photo/Mark Baker

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/12/29/policia-afirma-suspeitos-agiram-sozinhos-australia.ghtml


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