Regime Maduro prepara guerrilha para responder a eventual ataque dos EUA na Venezuela

  • 11/11/2025
(Foto: Reprodução)
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, aplaude soldados das Forças Especiais durante cerimônia em Caracas, na Venezuela, em 28 de agosto de 2025. Presidência da Venezuela via Reuters O regime Maduro está preparando uma resistência no estilo de guerrilha e "caos" nas ruas da Venezuela em caso de um ataque aéreo ou terrestre dos Estados Unidos, revelou nesta terça-feira (11) a agência de notícias Reuters com base em documentos do governo venezuelano a que teve acesso. Segundo a Reuters, os planos do regime Maduro incluem a mobilização de armamentos de seu defasado arsenal militar de forma estratégica pelo país, incluindo equipamentos russos com décadas de uso. As unidades do Exército venezuelano foram instruídas a se dispersar e se esconder em caso de ataque, afirmaram fontes da agência que estão informadas dos planos. “Não duraríamos duas horas em uma guerra convencional”, disse à Reuters uma fonte próxima ao governo. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O governo venezuelano está em alerta máximo contra um eventual ataque direto do governo Trump em seu território, que seria decorrente da escalada de tensões protagonizada pelo presidente dos EUA e a forte presença militar que mobilizou no mar do Caribe desde setembro. Segundo a mídia americana, o presidente espera apenas uma justificativa jurídica para atacar. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Trump sugeriu a possibilidade de operações terrestres na Venezuela e disse que achar que "os dias de Maduro na presidência da Venezuela estão contados". O presidente americano disse estar em guerra contra cartéis de drogas latino-americanos e acusa Maduro de liderar o Cartel de Los Soles. O presidente venezuelano, no poder desde 2013, acusa Trump de querer o destituir. Como reação, ele está treinando sua população contra qualquer investida dos EUA. Segundo a Reuters, a estratégia do regime Maduro representa um reconhecimento explícito da escassez de pessoal e de equipamentos militares do país sul-americano. Fontes com conhecimento das capacidades militares da Venezuela disseram à agência que as Forças Armadas do país são muito inferiores às dos EUA e sofrem com falta de treinamento, baixos salários e equipamentos deteriorados. Alguns comandantes chegaram a negociar com produtores locais de alimentos para conseguir alimentar suas tropas, já que os suprimentos do governo são insuficientes, disseram duas fontes ligadas às forças de segurança. Essa realidade levou o governo de Maduro a apostar em duas estratégias — uma delas é a resposta no estilo guerrilheiro, já mencionada publicamente por altos funcionários, e a outra, ainda não reconhecida oficialmente. Planos para anarquia nas ruas Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. AFP/Jim Watson A defesa no estilo guerrilheiro, chamada pelo governo de “resistência prolongada” e mencionada em transmissões da TV estatal, envolveria pequenas unidades militares em mais de 280 locais realizando atos de sabotagem e outras táticas de guerrilha, segundo as fontes e documentos de planejamento obtidos pela Reuters. A segunda estratégia, chamada de “anarquização”, usaria os serviços de inteligência e apoiadores armados do partido governista para criar desordem nas ruas de Caracas e tornar a Venezuela ingovernável para forças estrangeiras, disseram uma fonte próxima à defesa do governo e outra ligada à oposição. Não está claro quando o governo poderia empregar cada uma das táticas, que seriam complementares, em caso de ataque dos EUA. Entretanto, as fontes da Reuters reconhecem que qualquer estratégia de resistência teria poucas chances de sucesso e disseram que a Venezuela não duraria "nem duas horas" em uma guerra convencional contra o governo Trump. Outra fonte com conhecimento das forças de defesa e segurança afirmou que o país “não está preparado nem profissionalizado para um conflito”, apesar das declarações oficiais em contrário. “Não estamos prontos para enfrentar um dos exércitos mais poderosos e bem treinados do mundo”, disse. O Ministério da Comunicação, responsável por responder à imprensa em nome do governo venezuelano, não comentou. Funcionários públicos têm minimizado a ameaça militar dos EUA. “Eles acham que, com um bombardeio, vão acabar com tudo. Aqui neste país?”, ironizou o ministro do Interior, Diosdado Cabello, em rede nacional no início de novembro. Maduro, por sua vez, tem elogiado repetidamente os “soldados da pátria” como herdeiros do herói da independência Simón Bolívar. Mas uma fonte ligada à defesa estimou que, em um cenário de “anarquização”, apenas entre 5 mil e 7 mil pessoas participariam — incluindo agentes de inteligência, apoiadores armados do governo e membros de milícias. Atualmente, cerca de 60 mil integrantes do Exército e da Guarda Nacional poderiam ser mobilizados para a chamada “guerra de resistência” no estilo guerrilheiro, disse a mesma fonte.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/11/11/regime-maduro-prepara-guerrilha-para-eventual-ataque-eua-venezuela.ghtml


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