Rússia faz um dos ataques mais letais na Ucrânia, mata 25 na Ucrânia e deixa vizinhos da Otan em alerta
19/11/2025
(Foto: Reprodução) Ataque russo com mais de 500 drones e mísseis deixa mortos e feridos na Ucrânia
Um ataque russo com mais de 500 drones e mísseis no oeste da Ucrânia nesta quarta-feira (19) deixou 25 mortos e dezenas de feridos, incluindo crianças, segundo o serviço de emergência estatal ucraniano.
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O ataque, ocorrido durante a madrugada, atingiu a cidade de Ternopil, além de outras regiões ucranianas e se tornou um dos mais mortais no oeste do país desde o início da guerra da Ucrânia.
A cidade fica em uma área relativamente tranquila do oeste do país, para onde muitos moradores do leste e do sul se mudaram ao fugir dos perigos da linha de frente.
“Em Ternopil, edifícios residenciais de nove andares foram atingidos, causando incêndios. Infelizmente, há destruição significativa e pode haver pessoas presas sob os escombros. (...) Cada ataque descarado contra a vida cotidiana mostra que a pressão sobre a Rússia [para parar a guerra] ainda é insuficiente”, afirmou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em publicação na rede social X.
A Polônia e a Romênia, países-membros e vizinhos da Ucrânia, mobilizaram jatos de combate durante o ataque como precaução, em uma medida que lembrou o episódio da invasão de drones russos ao espaço aéreo polonês, em setembro, que foram abatidos por caças. O Ministério da Defesa romeno disse que dois caças Eurofighter Typhoon e dois F-16 foram acionados quando um drone invadiu seu espaço aéreo. A Polônia fechou dois aeroportos no leste do país para priorizar a ação preventiva de caças.
Zelensky afirmou que instalações de energia, transporte e infraestrutura civil foram danificadas pelo ataque russo, e que equipes de resgate foram mobilizadas para socorrer as vítimas.
Ucrânia: equipes de resgate atuam em prédio residencial em Ternopil atingido por míssil russo
Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia via Reuters
Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, a Rússia lançou 476 drones de ataque e 48 mísseis no que chamou de um "ataque combinado contra a infraestrutura crítica" do país. O bombardeio foi repelido por aviões, mísseis antiaéreos, sistemas antidrones e baterias móveis de mísseis, e 483 dos 524 projéteis foram derrubados, segundo a pasta.
Segundo o presidente ucraniano, outras regiões ucranianas foram alvejadas pelo ataque russo, como Lviv (oeste), Ivano-Frankivsk (sudoeste), Mykolaiv (sul), Chercássi (centro), Kiev (norte), Chernigov (norte), Dnipro (centro-leste) e Donetsk (sudeste).
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que atacou instalações energéticas e alvos do complexo militar-industrial ucraniano, incluindo depósitos de drones de longo alcance, "em retaliação a ataques de Kiev em território russo".
O bombardeio massivo russo ocorreu no dia seguinte a um ataque ucraniano com quatro mísseis ATACMS, de alta precisão e de origem dos EUA, contra alvos militares da Rússia em Voronezh. Os projéteis foram interceptados, segundo o governo russo.
Equipes de resgate perto de prédio residencial danificado por ataque russo em Ternopil, no oeste da Ucrânia, em 19 de novembro de 2025.
REUTERS/Andriy Bodak
Pessoas observam prédio residencial destruído após ataque russo em Ternopil, no oeste da Ucrânia, em 19 de novembro de 2025.
AP Photo/Vlad Kravchuk
Conversas de paz na Turquia
Zelensky afirmou que se reuniria nesta quarta-feira com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, como parte de seus esforços para isolar diplomática e internacionalmente o presidente russo, Vladimir Putin, e aumentar a pressão sobre ele.
Nos últimos meses, Putin tem resistido a fazer concessões, apesar da pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Em primeiro lugar, discutiremos todas as possibilidades para garantir que a Ucrânia alcance uma paz justa”, disse Zelensky sobre suas conversas com Erdogan, acrescentando que os dois líderes têm “boas relações”.
Zelensky também disse estar "vendo algumas posições e sinais vindos dos EUA", porém não deu mais detalhes. As novas sanções americanas ao setor petrolífero russo —projetadas para pressionar Putin a negociar— entram em vigor na sexta-feira.
Um alto funcionário turco afirmou inicialmente que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, se juntaria a Zelensky na Turquia, mas recuou mais tarde e disse que Witkoff não viria. O funcionário falou sob condição de anonimato na terça-feira porque não estava autorizado a comentar publicamente os preparativos.
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