Tiktoker é executada em praça pública ao ser confundida com espiã no Mali

  • 11/11/2025
(Foto: Reprodução)
Tiktoker é executada no Mali após ser confundida com espiã Uma influenciadora Mariam Cissé foi sequestrada e executada em uma praça no norte do Mali por supostos jihadistas, que a acusaram de colaborar com o exército do país. A jovem foi assassinada na sexta-feira (7) após ser confundida com uma espiã. 👉 Jihadistas são considerados militantes de grupos extremistas que usam uma ideia de "guerra santa" para justificar atos de violência. Desde setembro, membros do Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (JNIM), afiliado à Al-Qaeda, vêm implementando uma estratégia para estrangular a economia do Mali, impondo bloqueios a diversas cidades e a caminhões de combustível. Mariam Cissé, que tinha pouco mais de 20 anos, era conhecida pelos vídeos que postava no TikTok — onde tinha mais de 90 mil seguidores — sobre sua cidade natal, Tonka, no norte do país. Em alguns deles, ela mostrava apoio ao Exército malinês, vestida com uniforme militar e prestando continência. A influenciadora foi sequestrada em 6 de novembro em um mercado de Tonka por jihadistas, de acordo com membros de sua família. No dia seguinte, ela foi levada até uma praça da cidade, onde foi executada a tiros. "Os terroristas a viram filmando. Pensaram que ela os estava espionando", disse o tio de Mariam, que assistiu impotente à morte da sobrinha. "Na hora da execução, eles a levaram em duas motocicletas. Eram quatro homens. Vendaram seus olhos. Depois, atiraram nela à queima-roupa. Ela foi atingida por quatro balas", testemunhou ele. A execução da jovem provocou indignação no país, governado por uma junta militar, que enfrenta uma profunda crise de segurança e atravessa uma crise econômica desde há 13 anos. O caso de Mariam remete ao período em que o norte do Mali esteve sob controle de grupos islamistas, em 2012, quando mulheres enfrentavam restrições severas, como punições extremas por adultério e proibição de frequentar escolas ou usar calças. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A influenciadora Miriam Cissé Reprodução/TikTok Situação no Mali A profunda crise de segurança é alimentada principalmente pela violência de grupos jihadistas afiliados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico (ISIS), bem como por grupos criminosos locais. Desde setembro, jihadistas do JNIM impõem bloqueios nas principais estradas do país, impedindo a entrada de caminhões de combustível vindos do Senegal e da Costa do Marfim. O objetivo é estrangular a economia do Mali, que não tem saída para o mar e é altamente dependente de importações. Em um vídeo divulgado no final de outubro, os jihadistas anunciaram que "todas as estradas ao redor de Bamako" são consideradas "zonas de guerra" e que passariam a impor a separação de homens e mulheres no transporte público. O JNIM também está apertando o cerco ao regime militar, cada vez mais enfraquecido. No entanto, a situação parecia ter melhorado ligeiramente nos últimos dias. Vários comboios de caminhões de combustível, sob escolta militar, foram entregues na capital Bamako e em outras partes do país. Empresas de transporte marítimo de contêineres, como a ítalo-suíça MSC e a francesa CMA-CGM, que haviam anunciado a suspensão de suas operações no Mali, reverteram a decisão após acordos com o governo. Militar atua na segurança de exposição sobre defesa em Bamako, Mali, em 11 de novembro de 2025 REUTERS/Francis Kokoroko Filas para conseguir combustível Na capital, a situação melhorou, embora ainda persistam longas filas nos postos de gasolina, após várias semanas de escassez de combustível, que afetou todos os setores da economia. Escolas e universidades reabriram na segunda-feira (10), após duas semanas de fechamento determinado pelas autoridades devido à falta de combustível. No entanto, o transporte público ainda não foi totalmente retomado, e o acesso à eletricidade piorou consideravelmente desde o bloqueio. Segundo uma fonte de segurança consultada pela AFP, apenas "110 dos mais de 700 postos de gasolina estão funcionando de forma esporádica na capital". Hoje, "vastas áreas estão fora do controle efetivo do Estado", que está "concentrando suas forças em torno de Bamako para garantir a segurança do regime", disse à AFP na terça-feira Bakary Sambe, do Instituto Timbuktu, um grupo de pesquisa com sede em Dakar, Senegal. A situação continua mais difícil no resto do país, onde várias cidades no sul e no centro estão sob bloqueio jihadista, e os caminhões de combustível demoram a chegar. Diante da deterioração da situação, os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram, há duas semanas, a retirada de seu pessoal não essencial do Mali, e diversas embaixadas, incluindo a da França, pediram a seus cidadãos que deixassem o país. O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Mahmoud Ali Youssouf, expressou sua "profunda preocupação" no domingo (9) com relação à deterioração da situação de segurança no Mali e pediu "ação internacional urgente". Pessoas tentam conseguir combustível no Mali, em 3 de novembro de 2025 REUTERS VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/11/11/tiktoker-e-executada-em-praca-publica-ao-ser-confundida-com-espia-no-mali.ghtml


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