Trump imprime sinais contraditórios à guerra de nervos com Maduro

  • 09/11/2025
(Foto: Reprodução)
Ação de Trump na Venezuela pode ser catastrófica, diz especialista Entre idas e vindas, a guerra de nervos promovida pelos EUA e direcionada à Venezuela já afundou 18 embarcações, matou pelo menos 65 pessoas, todas descritas pela Casa Branca como narcoterroristas, e promoveu o deslocamento de 20% dos navios militares americanos para o Caribe. A pressão de Donald Trump em mais uma empreitada contra Nicolás Maduro tem um pano de fundo importante e conhecido — a participação da oposição venezuelana, desta vez liderada por Maria Corina Machado. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O governo Trump dá sinais contraditórios sobre o objetivo do cerco à Venezuela e reluta em cravar se o desfecho desta campanha resultará em ataques a alvos dentro da Venezuela ou na mudança de regime no país caribenho. O presidente avalia os riscos de uma operação militar americana, que, se fracassar, seria custosa para a imagem de seu governo. Mas, para a vencedora do Prêmio Nobel da Paz deste ano, não parece haver dúvidas sobre a saída de Maduro, conforme ela assegurou esta semana em participação, por vídeo, numa conferência empresarial em Miami, à qual também compareceu o presidente americano. “Maduro começou esta guerra, e o presidente Trump vai terminá-la”, aposta. Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. AFP/Jim Watson No primeiro mandato, Trump vivenciou a experiência fracassada de avalizar o então líder opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, numa afronta a Maduro. Respaldado pela cúpula militar, o ditador se manteve no poder, que cultiva há 12 anos, desde a morte de Hugo Chávez. De volta à Casa Branca, o presidente americano investe em uma nova campanha para intimidá-lo, posicionando uma poderosa frota militar no Caribe supostamente para o combate ao narcotráfico. Em parte, ele acalma a base eleitoral de seu movimento Maga e de latinos exilados por regimes ditatoriais da América Latina, que tem no secretário de Estado, Marco Rubio, um de seus entusiastas. A maioria dos americanos, contudo, se oporia a uma invasão militar americana na Venezuela, revelou uma pesquisa recente realizada por YouGov: apenas 30% disseram apoiar ataques militares contra embarcações venezuelanas e alvos terrestres — índice sete pontos abaixo em relação à última sondagem, em setembro. INFOGRÁFICO: como os EUA estão cercando a Venezuela em operação que ameaça Maduro Em uma reunião esta semana a portas fechadas com parlamentares americanos, o secretário Rubio e o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, asseguraram que os EUA não planejam lançar ataques dentro da Venezuela. Admitiram também não ter justificativa legal para isso, segundo revelaram participantes do encontro à emissora "CNN internacional". Ainda assim, o Senado controlado pelos republicanos enviou uma mensagem de apoio ao presidente, rejeitando, na quinta-feira, uma resolução bipartidária que exigiria aprovação do Congresso para qualquer ação militar do presidente Trump contra a Venezuela. Horas depois da votação, Hegseth anunciou mais um ataque a um suposto barco de traficantes no Caribe. Rússia promete defender soberania da Venezuela Do outro lado, assolado pelo colapso interno, resultado de um novo mandato questionado, Maduro mobilizou paramilitares, intensificou a repressão aos opositores e pediu ajuda à Rússia para enfrentar a crise externa com os EUA. No entender do analista político Benigno Alarcón, este é um ponto de virada para a Venezuela e a manutenção do status quo se tornou o caminho menos sustentável. Em artigo publicado no site do “El Nacional”, o especialista em gerência pública, conflito e negociação observa que a tensão central reside num paradoxo estratégico autodestrutivo: o regime chavista depende da pressão militar externa para gerar a coesão interna que lhe permite sobreviver. “O profundo desejo de mudança entre a maioria da população se depara com um regime entrincheirado e um cenário de intervenção limitada, que, embora possa acelerar uma resolução, está repleto de perigos. Qualquer caminho para a resolução da crise venezuelana será inevitavelmente complexo e de alto risco, mas possível e necessário”, pondera o analista.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/blog/sandra-cohen/post/2025/11/09/trump-imprime-sinais-contraditorios-a-guerra-de-nervos-com-maduro.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. Barulho do foguete

Larissa Gomes

top2
2. EU AMO MAIS VOCÊ

DULCE MARIA

top3
3. TIGRESA

Evoney Fernandes

top4
4. Musica Nova 2025

YASMIN SENSAÇÂO

top5
5. Lágrimas Vão e Vem

Danieze Santiago -

Anunciantes