VÍDEO mostra execução a sangue frio em hospital na Síria e equipe médica sob a mira de armas
12/08/2025
(Foto: Reprodução) Execução a sangue frio em hospital na Síria foi capturada por câmera de segurança
Um vídeo da câmera de segurança do principal hospital de Sweida, na Síria, registrou o momento em que a equipe médica ficou sob a mira de homens fortemente armados e um homem foi executado a sangue frio durante os confrontos que levaram à morte de mais de mil pessoas no mês passado.
As imagens foram feitas no dia 16 de julho, um dia depois do governo sírio enviar tropas especiais das Forças Armadas do país até a cidade, onde drusos e beduínos vinham se enfrentando.
Quatro dos cinco homens armados que aparecem no vídeo estão usando uniformes militares verdes - o outro está com um uniforme preto com as palavras "Ministério do Interior" nas costas. Eles ameaçam um grupo de cerca de duas dúzias de pessoas em uniformes hospitalares , ajoelhadas ou agachadas no chão.
Um homem, no entanto, permanece de pé. Dois dos homens de uniforme o agarram e o esbofeteiam, como se estivessem tentando forçá-lo a sentar. Quando ele resiste, acaba sendo baleado duas vezes.
Um dos médicos que testemunharam o crime falou com a agência de notícias Reuters sob condição de anonimato e identificou o homem morto como Muhammad Bahsas, um engenheiro civil que tinha ido ao hospital como voluntário.
Segundo ele, os homens armados vasculharam o hospital por horas, procurando armas e chamando repetidamente a equipe médica e os voluntários de "porcos" antes de deixá-los confinados em quartos do hospital por toda a noite - o assassinato ocorreu às 15h16 do horário local.
Ele relembra que um dos seguranças que atirou em Bahsas disse ao resto do grupo: "Qualquer um que nos denuncie acabará como ele".
Homem sob a mira de arma antes de ser executado na Síria
Mídia social/via REUTERS
Nesta segunda-feira (11), quando as imagens foram liberadas, o Ministério do Interior da Síria afirmou que irá investigar o vídeo, que classificou como "perturbador". Em um comunicado, disse que "condena e denuncia" o ato "nos termos mais fortes".
A declaração diz ainda que o ministério encarregou o vice-ministro de assuntos de segurança de "supervisionar diretamente a investigação para garantir que os perpetradores sejam identificados e presos o mais rápido possível".
No dia 19 de julho, o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, anunciou o cessar-fogo imediato em Sweida, no sul do país.
Três dias antes, Israel havia lançado um ataque aéreo contra o Ministério da Defesa do país, afirmando que a ofensiva era uma resposta às mortes de drusos, minoria étnica protegida pelo país.